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Tudo o que você precisa saber sobre o SIBO: do diagnóstico ao tratamento

Publicado por Synlab em 03 de outubro de 2024
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O Supercrescimento Bacteriano no Intestino Delgado (SIBO) foi identificado há várias décadas, mas recentemente tem recebido crescente atenção devido aos avanços no conhecimento do microbioma intestinal e sua importância na saúde e nas doenças humanas.

 

A microbiota do intestino delgado é menos abundante e diversificada em comparação à do intestino grosso. Isso se deve ao elevado peristaltismo, à renovação constante da mucosa e a presença de sais biliares e sucos pancreáticos, que dificultam a colonização bacteriana. Qualquer interferência nesses fatores pode causar um supercrescimento bacteriano.

 

Estima-se que 2,5 a 22% da população tem SIBO. No entanto, estes dados são subestimados devido aos casos assintomáticos e aos sintomas gastrointestinais inespecíficos, que podem ser causados por diversos outros fatores.

 

Dessa forma, a verdadeira prevalência da condição permanece desconhecida. Sabe-se, entretanto, que a recorrência da doença aumenta com a idade e em indivíduos com comorbidades pré-existentes, como síndrome do intestino irritável, diabetes, cirrose hepática e obstrução extra-hepática da veia porta (1). Por isso, é de extrema importância que o SIBO seja diagnosticado corretamente.

 

O que é o supercrescimento bacteriano?

O SIBO é uma condição gastrointestinal caracterizada por um desequilíbrio entre a colonização microbiana do cólon e do intestino delgado. Em indivíduos saudáveis, há poucos microrganismos colonizados no intestino delgado, enquanto aqueles com SIBO apresentam um crescimento excessivo de bactérias na porção proximal do intestino delgado.

 

Essa condição provoca alterações nas funções intestinais, como por exemplo a má absorção, no qual nutrientes não absorvidos no intestino delgado são fermentados por bactérias levando a produção excessiva de gases, que podem resultar em deficiências nutricionais e afetam a qualidade de vida (2).

 

A alimentação da população, em geral, é predominantemente rica em carboidratos que, quando fermentados, podem gerar ácidos graxos de cadeia curta e gases, como dióxido de carbono (CO2), hidrogênio (H2) e metano (CH4) (2,3).

 

O supercrescimento bacteriano pode ocorrer devido à sobrecarga, insuficiência ou ausência dos mecanismos de proteção que garantem a homeostase da microbiota intestinal e previnem a colonização bacteriana excessiva. Entre esses mecanismos de defesa destacam-se a produção de substâncias antimicrobianas, a motilidade gastrointestinal e a anatomia do trato gastrointestinal (4).

Em condições normais, a produção de substâncias antimicrobianas como o ácido clorídrico mantém um pH ácido, diminuindo a probabilidade de crescimento de microrganismos patogênicos. No entanto, essa produção pode ser insuficiente em casos de gastrite atrófica, uso prolongado de inibidores da bomba de prótons ou ressecção gástrica.

 

A secreção de enzimas pancreáticas, essencial para a digestão adequada, pode ser prejudicada em pancreatite crônica ou fibrose cística. Além disso, a imunidade da mucosa pode estar comprometida em pacientes imunodeprimidos ou com secreção insuficiente de IgA, o que prejudica a defesa contra a colonização bacteriana excessiva.

 

A motilidade gastrointestinal deve ser adequada para absorção dos nutrientes e para prevenir a proliferação de microrganismos. No entanto, certos distúrbios podem prejudicam essa motilidade, como a obstrução intestinal, neuropatias secundárias em diabéticos e a doença de Parkinson.

Além disso, a anatomia do trato gastrointestinal desempenha um papel importante na regulação da microbiota intestinal e pode estar alterada devido à doença de Crohn, radioterapia ou intervenções cirúrgicas (gastrojejunostomia, colectomia ou ressecção da válvula ileocecal) (4).

Quais os sintomas do SIBO?

Os sinais e sintomas são decorrentes das disfunções intestinais, portanto acabam sendo inespecíficos. No entanto, estão associados sintomas gastrointestinais, como (5):

  • Diarreia ou constipação;
  • Gases;
  • Flatulências;
  • Eructação;
  • Inchaço e distensão abdominal;
  • Náuseas;
  • Dor abdominal.

 

Alguns pacientes, ainda podem apresentar fadiga, falta de concentração, ansiedade e em casos mais severos, podem apresentar esteatorréia, perda de peso, anemia e deficiência de vitaminas lipossolúveis como a B12 e a vitamina D.

Qual a relação do SIBO com doenças gastrointestinais?

Existe uma correlação entre o SIBO e a Síndrome do Intestino Irritável (SII), pancreatite crônica, fibrose cística, doença celíaca, doença de Chron e outras condições que podem coexistir devido a um distúrbio na microbiota intestinal (1, 6).

 

  • Síndrome do intestino irritável (SII): Estudos sugerem que 78% dos indivíduos com SII também sofrem de SIBO, tornando difícil diferenciar as duas condições clinicamente (7). A disbiose intestinal no SIBO pode contribuir para a patogênese da SII, caracterizada por uma diminuição das bactérias produtoras de butirato e aumento da produção de glucagon-1 (GLP-1), que reduz a motilidade intestinal e favorece o supercrescimento bacteriano no intestino delgado (4).

 

  • Pancreatite crônica: A inflamação no pâncreas destrói as células acinares, prejudicando a secreção de enzimas pancreáticas essenciais para a digestão e defesa contra microrganismos. A má absorção resultante cria um ambiente propício para o SIBO. Cerca de 38,6% dos pacientes com pancreatite crônica apresentam SIBO (8).

 

  • Fibrose cística: A alteração no transporte de cloreto e bicarbonato nas células intestinais reduz a fluidez e motilidade intestinal, promovendo inflamação e disbiose. Estudos indicam que de 30-40% dos indivíduos com fibrose cística sofrem de SIBO (9).

 

  • Doença Celíaca: A prevalência de SIBO na doença celíaca é estimada em 20%, podendo ser maior quando os sintomas persistem após uma dieta sem glúten (10). A doença celíaca causa danos ao epitélio intestinal e alterações da motilidade intestinal, reduzindo a defesa antimicrobiana fisiológica e resultando em um supercrescimento bacteriano (11).

 

  • Doença de Chron: Cerca de 30% dos adultos com doença de Crohn têm SIBO, frequentemente devido a cirurgias gastrointestinais, especialmente ressecção ileocecal, dismotilidade, estenoses ou fístulas. Indivíduos com doença de Crohn fibroestenosante têm uma probabilidade 7,5 vezes maior de desenvolver SIBO, devido ao estreitamentoe trânsito intestinal prolongado, favorecendo a proliferação bacteriana (12).

Confira também sobre Permeabilidade Intestinal, a raiz de muitos problemas.

Quais são as indicações para o exame SIBO?

O exame SIBO é uma opção importante a ser considerada diante de quaisquer manifestações gastrointestinais sem diagnóstico como:

 

  • Distensão abdominal;
  • Flatulência excessiva;
  • Dor abdominal recorrente;
  • Diarreia crônica ou constipações;
  • Sensação de inchaço após as refeições.

 

Presença de doenças pré-existentes que não respondem ao tratamento ou que apresentem má absorção intestinal como:

 

  • Síndrome do intestino irritável;
  • Doença celíaca;
  • Doença de Chron;
  • Fibrose cística;
  • Pancreatite crônica;
  • Disfunção do esfíncter esofágico inferior;
  • Indivíduos que passaram por cirurgias abdominais.

Como o SIBO pode ser diagnosticado?

O diagnóstico do SIBO é geralmente realizado através da cultura microbiológica do aspirado do intestino delgado, obtido por endoscopia, considerado o padrão ouro. No entanto, este procedimento é invasivo e a amostra pode ser contaminada (12).

Na cultura, são frequentemente detectadas bactérias como Streptococcus spp., Staphylococcus spp., Escherichia coli, Klebsiella, Proteus, Bacteroides e Lactobacillus (13).

Embora seja considerado o método mais preciso, a cultura microbiológica apresenta limitações significativas. Além de ser demorado, invasivo e relativamente caro, faltam técnicas padronizadas que eliminem completamente o risco de contaminação.

Com o avanço da ciência, exames inovadores foram desenvolvidos para a detecção de microrganismos através da produção de gases, como o exame respiratório.

Este método permite a análise do SIBO a partir de uma simples amostra de ar expelido pelo indivíduo, utilizando uma técnica segura e não invasiva, baseada no princípio de que as células humanas são incapazes de produzir hidrogênio e metano.

 

Como é o exame para diagnóstico de SIBO oferecido pela SYNLAB?

Neste cenário, a SYNLAB oferece o teste de hidrogênio e metano expirado para detectar o supercrescimento bacteriano, avaliando a produção de dióxido de carbono (CO2), hidrogênio (H2) e metano (CH4). O exame envolve oito coletas de ar expelido, permitindo a identificação precisa do supercrescimento bacteriano.

 

O exame inicia com a ingestão de um carboidrato, como a lactulose. A fermentação deste pela microbiota no intestino delgado pode resultar na produção de hidrogênio e/ou metano, dependendo dos microrganismos envolvidos. A presença de metano está relacionada ao supercrescimento de archaeas, enquanto o hidrogênio está associado às bactérias propriamente ditas (11). Os  gases produzidos se difundem para o sangue e são excretados pela respiração.

 

A necessidade dos oito tubos é essencial para avaliar o processo de fermentação ao longo do tempo. A coleta é realizada a cada 30 minutos após a ingestão do carboidrato, começando antes da ingestão e continuando até o 8º tubo após 210 minutos. Isso permite a criação de uma curva dos gases expelidos ao longo do tempo.

 

O exame SIBO realiza a análise de gases através da metodologia de Cromatografia Gasosa (Quintron Breathtracker SC, com fator de correção de diluição do CO2).  Esta técnica separa e analisa os compostos voláteis e semivoláteis presentes no ar expelido, utilizando uma fase estacionária e uma fase móvel para determinar o tempo de retenção dos analitos e permitir a separação dos gases.

 

A SYNLAB utiliza o Quintron Breathtracker SC, um equipamento que facilita a análise e é capaz de detectar pequenas quantidades de gases respiratórios. Os resultados são medidos e exibidos em partes por milhão (ppm) para H2 e CH4, e em porcentagem (%) para o CO2. Além disso, há um recurso adicional para detectar e corrigir contaminação das amostras com base nas medições de CO2.

 

A coleta não invasiva, aliado à alta tecnologia do exame fornecido pela SYNLAB, possibilita um diagnóstico preciso e essencial para orientar um tratamento adequado.

 

É importante ressaltar que o resultado do exame SIBO deve ser interpretado pelo médico solicitante, dentro do contexto clínico do paciente, garantindo recomendações para um tratamento adequado e individualizado.

 

Como realizar o tratamento do SIBO?

possui como objetivo principal erradicar o supercrescimento bacteriano para aliviar os sintomas, baseado, principalmente, no uso de antibióticos, podendo ser associado à uma dieta específica e ao uso de probióticos.

 

No entanto, é possível que alguns pacientes permaneçam sintomáticos devido a condições subjacentes ou bactérias resistentes aos antibióticos.

 

Devido o desenvolvimento de resistência bacteriana, reações adversas e aumento das infecções oportunistas é necessária uma abordagem cautelosa. Os antibióticos são utilizados para eliminar a maioria das bactérias, sem comprometer a flora intestinal.

 

No entanto, o SIBO frequentemente reaparece após o tratamento com antibióticos (14). Existem opções de tratamentos com medicamentos específicos que não induzem resistência bacteriana e podem ser utilizados novamente para reduzir a recorrência (1).

 

Além disso, pode-se implementar uma dieta pobre em oligossacarídeos, dissacarídeos, monossacarídeos, polióis fermentáveis, fibras, adoçantes e prebióticos, também conhecida como dieta com baixo teor em FODMAPs, que tem o intuito de reduzir a fonte de energia para proliferação e fermentação das bactérias, assim reduz-se o crescimento das bactérias e a produção de gases.

 

No entanto, deve-se eliminar completamente o FODMAP da dieta dos pacientes com SIBO no máximo por seis semanas e, caso seja ineficaz, essa dieta não deve ser utilizada novamente no futuro (1).  Por isso, é importante realizar um acompanhamento com um médico especializado.

 

Os probióticos também são uma opção, consistindo em microrganismos vivos benéficos que competem por nutrientes e aderência ao intestino, inibindo o crescimento de outros microrganismos. Eles podem produzir substâncias antimicrobianas e numerosos metabólitos, como o ácido lático, que impedem a proliferação dos microrganismos (1).

 

Por outro lado, deve-se considerar que os probióticos podem colonizar inadvertidamente o intestino delgado, potencialmente exacerbando os sintomas em alguns casos, dependendo da cepa utilizada no tratamento (15). Portanto, a terapia probiótica deve ser cuidadosamente avaliada individualmente, pois pode apresentar resultados variados entre os pacientes, sendo fundamental o acompanhamento médico especializado para ajustar o tratamento conforme a resposta e necessidades clínicas específicas do paciente.

 

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Referências bibliográficas

  1. Skrzydło-Radomańska B, Cukrowska B. How to Recognize and Treat Small Intestinal Bacterial Overgrowth? Journal of Clinical Medicine. 2022; 11(20):6017.
  2. Pimentel, Mark MD, FRCP(C), FACG; Saad, Richard J. MD, FACG; Long, Millie D. MD, MPH, FACG (metodologista GRADE); Rao, Satish SC MD, PhD, FRCP, FACG. ACG Clinical Guideline: Small Intestinal Bacterial Overgrowth. The American Journal of Gastroenterology 115(2):p 165-178, 2020.
  3. Gasbarrini A, Corazza GR, Gasbarrini G, et al. Methodology and Indications of H2-Breath Testing in Gastrointestinal Diseases: the Rome Consensus Conference. Aliment Pharmacol Ther 2009;29(Suplemento 1):1–49.
  4. Dos Santos, D. L. D. C. (2023). O papel da microbiota na Síndrome do Intestino Irritável (Doctoral dissertation, UNIVERSIDADE DE COIMBRA).
  5. Sroka, N. et al. Show Me What You Have Inside-The Complex Interplay between SIBO and Multiple Medical Conditions-A Systematic Review. Nutrients. 2022 Dec 24;15(1):90. doi: 10.3390/nu15010090.
  6. Ghoshal, U. C., Srivastava, D., Ghoshal, U., Misra, A.. Breath tests in the diagnosis of small intestinal bacterial overgrowth in patients with irritable bowel syndrome in comparison with quantitative upper gut aspirate culture. European journal of gastroenterology & hepatology, 26(7), 753–760, 2014.
  7. Shah, ED, Basseri, RJ, Chong, K. et al. Teste de respiração anormal na SII: uma meta-análise. Dig Dis Sci 55 , 2441–2449 (2010).
  8. Efremova I, Maslennikov R, Poluektova E, Vasilieva E, Zharikov Y, Suslov A, Letyagina Y, Kozlov E, Levshina A, Ivashkin V. Epidemiology of small intestinal bacterial overgrowth. World J Gastroenterol 2023; 29(22): 3400-3421.
  9. Dorsey, J., & Gonska, T. (2017). Bacterial overgrowth, dysbiosis, inflammation, and dysmotility in the Cystic Fibrosis intestine. Journal of cystic fibrosis : official journal of the European Cystic Fibrosis Society, 16 Suppl 2, S14–S23.
  10. Losurdo, G., Marra, A., Shahini, E., Girardi, B., Giorgio, F., Amoruso, A., Pisani, A., Piscitelli, D., Barone, M., Principi, M., Di Leo, A., & Ierardi, E. (2017). Small intestinal bacterial overgrowth and celiac disease: A systematic review with pooled-data analysis. Neurogastroenterology and motility, 29(6).
  11. Shah A, Thite P, Hansen T, Kendall BJ, Sanders DS, Morrison M, Jones MP, Holtmann G. Links between celiac disease and small intestinal bacterial overgrowth: A systematic review and meta-analysis. J Gastroenterol Hepatol. 2022 Oct;37(10):1844-1852. doi: 10.1111/jgh.15920. Epub 2022 Jul 1.
  12. Bertges ER, Chebli JMF. Prevalence and factors associated with small intestinal bacterial overgrowth in patients with crohn’s disease: a retrospective study at a referral center. Arq Gastroenterol. 2020 Jul-Sep;57(3):283-288.
  13. Erdogan A, Rao SS, Gulley D, et al. Small intestinal bacterial overgrowth: Duodenal aspiration vs glucose breath test. Neurogastroenterol Motil 2015;27:481–9.
  14. Banaszak M, Górna I, Woźniak D, Przysławski J, Drzymała-Czyż S. Association between Gut Dysbiosis and the Occurrence of SIBO, LIBO, SIFO and IMO. Microorganisms. 2023; 11(3):573.
  15. Rao, Satish SC MD; Bhagawala, Jigar MBBS. Small Intestinal Bacterial Overgrowth: Clinical Features and Therapeutic Management. Clinical and Translational Gastroenterology 10(10):p e00078, outubro de 2019.

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